Consagração à Jesus por Maria - Leblon

Cristina Noval | Nossa equipe da Consagração à Jesus pelas mãos de N. Sra. (Paróquia Santa Mônica - Leblon - Rio de Janeiro) é composta por cinco pessoas: nosso diretor espiritual, Frei Juan Manuel, Maina, Patrícia, minha filha Bianca, e por mim, Cristina. Esta foi a terceira vez que trabalhamos juntos e, acredito que por intercessão de Nossa Mãezinha, posso dizer que rapidamente nos colocamos e encaixamos em nossas funções e atribuições.

O Frei é responsável por gravar vídeos com reflexões sobre a leitura e as orações diárias. Já a Maina, cria os textos que acompanham esse material e envia no grupo do Whatsapp para os consagrandos. Patrícia e Bianca organizam a planilha de inscritos e encomendam os materiais necessários para o dia da celebração, como camisas, velas e pulseiras. E eu, cuido do pagamento das inscrições e finalizo todas as compras.

Cada um pode ter sua função, mas nada é feito sem a aprovação de toda a equipe, principalmente do frei, que faz questão de participar de cada etapa. Para facilitar essa dinâmica, nós temos um grupo de Whatsapp só nosso, por onde nos falamos diariamente, resolvemos detalhes, trocamos ideias, nos auxiliamos e nos impulsionamos a permanecermos firmes em meio aos impasses e tentações que possam surgir.

Quem apresentou todas nós à Consagração foi a Maina. Nós nos conhecemos no grupo de oração “Nova Aliança” que acontecia às quartas-feiras no Salão Paroquial. Em um desses encontros, ela fez um convite a quem gostaria de se consagrar à Nossa Senhora pelo método São Luís Maria Grignion de Montfort, cuja celebração e preparação aconteceriam em outra paróquia, pois ainda não tinha quem fizesse isso na Santa Mônica. Eu e minhas filhas logo nos inscrevemos. A Patrícia também participou dessa consagração, mas só fui conhecê-la depois, na missa dos jovens, que ela também frequenta por conta de seus filhos.

Um dia, saindo da Santa Mônica, Maina falou com a Bianca sobre a possibilidade de levar a consagração ao grupo de jovens de lá, do qual ela fazia parte. Na época, ela trabalhava como catequista de Crisma e tinha acabado de criar o CalMaria, grupo de estudos sobre Nossa Senhora, que ela coordena até hoje. Bianca aceitou o desafio, junto com Patrícia, que convocou a “velha guarda”. Naquele ano fiquei apenas auxiliando, pois não tinha como me comprometer por conta do meu trabalho. Mas Deus tem os planos dEle pra nós. Se Maria deu o seu "sim", meu coração também queria dar o meu "sim".

E lá se vão uma, duas, três Consagrações! As primeiras foram à Nossa Senhora de Guadalupe e Nossa Senhora das Graças, pelo método de São Luís Maria Grignion de Montfort, através da leitura do Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem. Desta vez, o Frei Juan Manuel nos convidou a fazer a Consagração à N. Sra. da Consolação e Correia por um método próprio, pela leitura do livro “Santa Virgem Maria: Reflexões Marianas” que une artigos escritos por freis da Ordem Agostiniana Recoleta.

A preparação dos consagrandos teve início um mês antes da celebração e foi toda feita por um grupo no Whatsapp, mas, para a equipe, ela começa bem antes. Nós costumamos fazer encontros virtuais para organizar o cronograma e as datas, pois nem sempre nosso trabalho e nossas agendas coincidem para reuniões presenciais. Nos encontros deste ano, o Frei Juan Manuel teve um trabalhinho a mais e nos ensinou sobre essa devoção agostiniana e sobre o seu autor e promotor, Frei Vicente Soler. Após um mês de formação da equipe e coleta de inscrições, aí sim iniciamos a preparação dos consagrandos. Ela conta, além da leitura dos artigos, com os vídeos do Frei Juan Manuel e com exercícios espirituais, orações, ladainha, terço e novena tirados do “Devocionário de Nossa Senhora da Consolação e Correia”. Durante todo esse período, damos assistência ao grupo e tiramos dúvidas que possam existir.

Este ano foram 88 consagrados, dentre adultos, jovens e crianças! Foi uma celebração muito bonita e tocante. Todos estavam muito felizes e isso enche nossos corações de um carinho profundo por esse serviço para Nossa Mãezinha. Fazer parte disso com minha filha torna tudo mais especial ainda. Como mãe, sempre peço conselhos à N.Sra. e Ela me ensina muito através de minhas duas filhas. Sempre pedi à Maria que elas me vissem como eu A vejo. Queria que minha imagem de mãe fosse marcada pela Sua doçura, e Ela me concedeu mais que isso. Ela me presenteou com uma relação que tem como base o Seu amor e fez de uma de minhas filhas, minha afilhada, e da outra, minha madrinha de Consagração.

A cada ano, Maria tem uma lição diferente para nos ensinar. Com a Mãe da Consolação, aprendi que conhecer seu amor é a segunda melhor coisa do mundo. A primeira é poder levá-lo para as pessoas e vê-lo transformando vidas e unindo outras famílias, da mesma forma que uniu a minha.