A policlínica Santa Mônica de Rio de Janeiro, um serviço silencioso, efetivo e voluntário
27.09.2021 - 10:53:55 | 5 minutos de leitura
Uma obra social que pensa na saúde dos mais necessitados
Frei Nicolás Vigo | Dircom provincial | No coração do Leblon, no Río de Janeiro, existe uma obra social dos Agustinianos Recoletos dirigida aos mais necessitados. Se trata da Policlínica Santa Mônica que atende a milhares de pobres da cidade.
Muitas pessoas de diferentes áreas do Rio de Janeiro encontram neste centro um espaço para serem acolhidas e tratadas com muito carinho em seus problemas de saúde e pagando um preço simbólico por isso.
A obra está na sede da paróquia Santa Mônica e na casa provincial de Santo Tomás de Vilanova da Ordem dos Agostinianos Recoletos e pertence ao trabalho de solidariedade da ARCORES Brasil.
Marta Sanches trabalha na ARCORES Brasil e conhece de perto o serviço que este centro presta a muitos brasileiros; por isso, ela nos leva ao Leblon para conhecer esse trabalho social.

Marta conta com alegria: “Faço parte da equipe ARCORES Brasil. Hoje vamos ver um dos empreendimentos no Rio de Janeiro, no bairro do Leblon ».
Por isso, apresenta-nos a Vania Costa, chefe da Policlínica Santa Mônica, que nos contará o trabalho que realizam. Marta atua como repórter para recolher em seu bom português a obra dessa obra social dos frades. Marta pega o microfone e pergunta:
1. Qual é a sua função aqui na Policlínica?
Bom dia Marta, bem-vinda à Policlínica de Santa Mônica. Sou assistente social e coordenadora deste projeto.
2. Qual a origem da Policlínica, obra social dos agostinianos recoletos?
A Policlínica nasceu em 1982 do desejo dos pais dos alunos do colégio Santo Agostinho de fazer um trabalho social. A maioria deles eram especialistas em odontologia. Alguns pais estavam chamando outros para iniciar este trabalho. Os frades agostinianos recoletos doaram este espaço no subsolo em que nos encontramos e o adaptaram para acomodar os consultórios odontológicos; e, aos poucos, outros profissionais de diversas especialidades foram se juntando; e graças a isso, hoje somos quem somos.

3. Qual é o objetivo deste Serviço Social?
Nosso objetivo, Marta, é atender uma parte da população que não tem recursos. A maioria dessas pessoas não pode pagar um atendimento de qualidade e respeitoso. Eles não têm seguro médico, não podem pagar uma consulta privada. Estamos aqui para ajudar essa população que necessita de atenção médica. Não queremos suprimir o dever do Estado, mas fazemos a nossa parte, ajudando a suprir essa necessidade.
4. Que tipo de pessoa procura atendimento médico na policlínica?
Marta, não fechamos as portas a ninguém, até porque somos uma obra social. Nosso objetivo é atender as pessoas que nos procuram, tendo a consciência de que somos uma obra social. A maioria dos que nos procuram mora aqui, ao nosso redor; muitos deles são das comunidades Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu (favelas). Elas são esposas ou filhos de porteiros, dos edifícios circundantes. Nosso trabalho cresceu tanto que as pessoas vêm de todos os lugares em busca de atendimento médico. O mais importante é não fecharmos as portas a ninguém.

5. Como funciona o trabalho voluntário? Como é esse processo?
Todos os profissionais que trabalham conosco são voluntários, cada um atende em sua especialidade; da mesma forma, quem cuida também é voluntário. Da mesma forma, as meninas que trabalham naquela mesa também são voluntárias. Chamamos-lhes carinhosamente: "apoio" para o trabalho social.
6. Aproximadamente quantas pessoas trabalham como voluntárias?
Neste espaço físico atuam cerca de 50 profissionais de diferentes especialidades: odontologia, clínica geral, entre outros. São um total de 50 profissionais. Paralelamente, no edifício paroquial temos 40 psicólogos que, neste momento de pandemia, fazem um bom trabalho, inclusive online.
7. Quantas pessoas frequentam semanalmente?
Os profissionais que vêm aqui como voluntários trabalham quinzenalmente; e outros, uma vez por mês. Então, semanalmente, temos cerca de 400 visitas por semana; e, por ano: 13.000 pessoas, mais ou menos. Esses números são para referência, talvez seja um número mais alto porque não posso dizer com precisão quantas pessoas vêm por dia. Além disso, deve-se levar em consideração que a demanda aumenta a cada dia.
8. Como foi o trabalho da policlínica durante a pandemia?
Essa é uma boa pergunta. Graças a Deus, mantivemos nossa posição durante a pandemia. No ano passado fechamos em março e reabrimos em agosto com a esperança ou expectativa de dias melhores. Aos poucos, embora os dias tenham sido difíceis e o nosso trabalho tenha sido duro, conseguimos fazer esse trabalho; tanto que, desde agosto do ano passado, não paramos de trabalhar um só dia.

Temos que mencionar que o grande suporte que torna este trabalho social uma realidade são os profissionais leigos que doam parte do seu tempo para atender as doenças alheias; sem dúvida, sem os voluntários, o atendimento seria diferente; também é muito importante o apoio das religiosas que atuam no Leblon (Rio de Janeiro), que se comprometem a melhorar as instalações e a prestar tudo o que é necessário para que este serviço seja de qualidade.
Para contrastar a eficácia desse trabalho, Marta conversou com uma das pacientes, que, naquele momento, estava indo para a policlínica. Foi o que respondeu quando lhe perguntaram: Porque vais à policlínica de Santa Mônica?: «Vim aqui por recomendação. Minha filha fez um tratamento aqui; e quando cheguei me senti abraçada. É assim que minha filha também se sentiu. Eu me sinto bem aqui. Acho que é importante vir porque somos muito bem-vindas. Além disso, venho porque me sinto confortável e não tenho nada a reclamar. Espero um pouco porque a atenção é boa. Este lugar fez bem à minha filha; e, portanto, a mim também.
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